Modelos de Redação Enem 2021
TEMA: HOMOFOBIA
De acordo com Aristóteles, “A base da sociedade é a justiça”. Entretanto, o contexto
do Brasil do século XXI contraria-o, uma vez que a homofobia demonstra-se como uma
questão de injustiça, o que desestrutura a base da sociedade brasileira. Nesse sentido, é
preciso buscar caminhos para combater essa situação, que é influenciada pelo legado
histórico e pela falta de conhecimento.
Convém ressaltar, a princípio, que o legado histórico é um fator determinante para a
persistência do problema. De acordo com o pensamento de Claude Lévi-Strauss, só é
possível interpretar adequadamente as ações coletivas por meio do entendimento dos
eventos históricos. Nesse sentido, a homofobia, mesmo que fortemente presente no século
XXI, apresenta raízes intrínsecas ao passado brasileiro, o que dificulta ainda mais sua
resolução. Sendo assim, um dos caminhos para combater a homofobia no Brasil é a
compreensão de que tal preconceito não deve persistir, mas permanecer no passado.
Outro ponto relevante, nessa temática, é a falta de conhecimento. Nesse sentido, o
filósofo Schopenhauer defende que os limites do campo de visão de uma pessoa
determinam seu entendimento a respeito do mundo. Isso justifica outra causa do
problema: se as pessoas não têm acesso à informação séria sobre homofobia, sua visão
será limitada, o que dificulta a erradicação do problema. Portanto, um caminho para o
combate à problemática no Brasil é incentivar a população a buscar informações de fontes
confiáveis, e assim, conhecer seriamente o problema.
Torna-se imperativo, então, desenvolver caminhos que ajam sobre o problema. Para
que isso ocorra, o MEC, juntamente o Ministério da Cultura, devem desenvolver palestras
em escolas a serem webconferenciadas nas redes sociais desses órgãos, por meio de
entrevistas com vítimas do problema e especialistas no assunto, com o objetivo de trazer
mais lucidez sobre o tema. Além disso, nesses eventos, é preciso discutir a influência
histórica e a busca por informações sérias no combate à homofobia.
Veja também:
TEMA: QUESTÃO INDÍGENA
A valorização da cultura e do espaço dos indígenas encontra, no Brasil, uma série de
empecilhos. Essa constatação pode ser comprovada por meio de dados divulgados pelo IBGE, os
quais demonstram que o número de indígenas no país, em 2010, chega a menos de 900 mil e que
grande parte das crianças não utiliza mais sua língua nativa. Diante dessa perspectiva, percebe-se a
consolidação de um grave problema, em virtude da lenta mudança na mentalidade social e da
impunidade.
Deve-se pontuar, de início, que a lenta mudança da mentalidade social configura-se como um
grave empecilho no que diz respeito à valorização da cultura dos indígenas no Brasil. Conforme
Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de pensar. Sob essa lógica, é possível perceber que a
desvalorização da cultura indígena no Brasil é fortemente influenciada pelo pensamento coletivo,
uma vez que, se as pessoas crescem inseridas em um contexto social intolerante/opressor/injusto, a
tendência é adotar esse comportamento também, o que torna sua solução ainda mais complexa.
Além disso, a impunidade é uma barreira no que tange à questão da valorização dos espaços
dos indígenas brasileiros. Nessa perspectiva, a máxima de Martin Luther King de que “a injustiça num
lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar” cabe perfeitamente, pois muitos indígenas
perdem seus espaços para fazendeiros e para o agronegócio, sem a possibilidade de efetivar seus
direitos. Desse modo, tem-se como consequência a generalização da injustiça no que tange à
valorização e demarcação desses espaços.
Logo, é necessário que as prefeituras, em parceria com o governo do estado, proporcionem a
criação de oficinas educativas, a serem desenvolvidas nas semanais culturais dos colégios estaduais.
Esses eventos podem ser organizados por meio de atividades práticas, como dramatizações,
dinâmicas e jogos, de modo a proporcionar a visualização do assunto, além de palestras de
sociólogos que orientem sobre a valorização da cultura e dos espaços indígenas para os jovens e
suas famílias, com embasamento científico, a fim de efetivar a elucidação da população sobre o
tema
TEMA: TRABALHO ESCRAVO
A partir da Revolução Industrial, diversos povos passaram por profundas transformações
não só econômicas como, principalmente, sociais. Embora a sociedade brasileira atual apresente
contornos específicos, ainda é possível visualizar o legado presente na questão da persistência do
trabalho escravo. Nesse sentido, é preciso que estratégias sejam aplicadas para alterar essa
situação, que possui como características a falta de legislação e a impunidade.
Deve-se pontuar, de início, que a falta de legislação configura-se como um grave empecilho
no que diz respeito à persistência do trabalho escravo na sociedade moderna. Segundo Umberto
Eco, “Para ser tolerante é preciso fixar os limites do intolerável”. Nesse sentido, percebe- se uma
lacuna, explicitada pela falta de uma legislação adequada. Assim, sem base legal, ações de
remediação são impossibilitadas, o que acaba por agravar ainda mais a questão do trabalho
escravo na sociedade moderna.
Vale ressaltar, também, que a persistência do trabalho escravo no país evidencia a
impunidade. Nessa perspectiva, a máxima de Martin Luther King de que “a injustiça num lugar
qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar” cabe perfeitamente. Desse modo, tem-se como
consequência a generalização da injustiça e a prevalência do sentimento de insegurança coletiva
no que tange à questão do trabalho escravo.
Portanto, para que o trabalho escravo deixe de fazer parte da realidade brasileira, medidas
precisam ser tomadas. É fundamental, portanto, a criação de projetos de lei que contemplem a
questão da persistência do trabalho escravo na sociedade moderna, pelas comissões da Câmara e
do Senado, em parceria com consultas públicas. Tais consultas devem ser amplamente divulgadas
nas redes sociais, para o público em geral ter acesso e se posicionar. Além disso, em tais consultas,
seria viável disponibilizar para download uma cartilha em PDF que contemple os detalhes da lei
proposta, para que o problema do trabalho escravo não só ganhe respaldo legal, como também o
faça de maneira consciente por parte da população. A partir dessas ações, espera-se promover a
construção de um Brasil melhor
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